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Princípios de Alimentação de Cães

Princípios de Alimentação de Cães

O cão pertence a família dos canídeos, da qual também faz parte o lobo e a raposa, porém diz-se ter sido o primeiro e o único membro totalmente domesticado. Acredita-se que o seu ancestral mais próximo seja o lobo, com o qual partilha cerca de 99% dos seus genes. Apesar da sua semelhança ao lobo, hoje em dia, em meio a sua convivência com o homem, o cão reforçou o comportamento alimentar de omnívoro: alimenta-se de fontes de origem animal e vegetal.

Obter o equilíbrio certo de nutrientes que o cão precisa, é o maior desafio dos nutricionistas e criadores de cães. Muitos donos optam por alimentar seus cães de alimentos confeccionado em casa, mas a grande parte prefere as rações industrializadas, que tem sido até agora a opção mais próxima do equilíbrio nutricional perfeito e bem-estar dos cães. De uma ou de outra forma, os alimentos presentes são os mesmo e são apenas preparados de formas diferentes. Os ingredientes básicos da comida dos cães são:

  • Carnes / Produtos de origem animal:
    É fundamental que a dieta possua uma fonte de proteína como frango, carne de vaca ou peixe. As proteínas são consideradas nutrientes construtores pois constituem a base de composição dos músculos e outros tecidos do corpo.
  • Produtos de origem vegetal
    Destacam-se como fonte de carboidratos que tem a função energética e estrutural no organismo. O arroz, milho, trigo e aveia são os principais representantes deste grupo na alimentação dos cães.
  • Gorduras e óleos
    As gorduras vegetais e animais para além de conferirem maior palatabilidade aos alimentos, são uma importante fonte de energia. Exemplos: gordura de carne, óleos de soja e girassol.
  • Vitaminas e minerais
    As vitaminas A, C, D, E e complexo B; o fósforo, cálcio, magnésio e outros são essenciais para a manutenção das funções metabólicas no organismo e podem ser encontradas em alimentos de origem animal ou vegetal, mas são frequentemente adicionadas por meio de complexos vitamínicos industrializados.

As necessidades nutricionais são diferentes de cão para cão, e é importante ter isto em conta para se desenhar o melhor plano de alimentação. Os principais aspectos a observar na alimentação dos cães são:

  • Idade: os cachorros são mais exigentes nutricionalmente pois estão em fase de crescimento. Os cães adultos exigem nutrientes apenas para a manutenção das funções vitais e actividades diárias, daí que a sua necessidade por exemplo em componentes estruturais como proteínas, é menor.
  • Porte: cães de porte gigante necessitam de maior quantidade de alimento para a manutenção das suas funções vitais do que os cães de porte pequeno.
  • Nível de actividade: cães atléticos necessitam de uma ração com uma porção maior de alimentos energéticos do que os cães com um estilo de vida sedentário.
  • Condição corporal: para além da saúde, quando se administra um alimento ao cão, espera-se que este reflita em uma boa condição corporal. Nos casos em que o cão apresenta uma má condição corporal, deve-se manipular a quantidade de alimento e a frequência. É importante descobrir qual o motivo da má condição corporal e para tal, o acompanhamento do médico veterinário é indispensável.
  • Estado fisiológico: animais gestantes, em crescimento e doentes, necessitam de maior aporte de nutrientes.

Estes aspectos vão influenciar directamente na decisão quanto a escolha do tipo adequado de ração e na maneira como administrá-la. No geral, os cães adultos comem cerca de 2-3% do seu peso, contudo cada ração possui uma tabela específica que determina a quantidade ideal a administrar em função do peso e da idade.

A frequência e horário de alimentação varia em função da idade. Quando pequenos, os cachorros devem ser alimentados com maior frequência pois necessitam de um aporte maior de nutrientes para sustentar o seu crescimento. Por natureza, o sistema digestivo dos cães é adaptado a ingerir grandes quantidades de alimento e permanecer em jejum durante dias. No entanto, há que ter em conta que a administração de pequenas quantidades várias vezes ao dia, evita a sobrecarga e favorece a digestão.

De forma simples e resumida, tem abaixo um quadro para lhe ajudar a determinar a melhor ração e regime de alimentação para o seu cachorro:

Estado fisiológico Idade Ração Frequência diária
Todos 0-6 meses Classic Puppy 3-4 vezes
Todos 6-12 meses Classic Puppy / Legacy 2-3 vezes
Raças Gigantes 12-18 meses Classic Puppy / Legacy 1-2 vezes
Todos a partir dos 12 meses Classic Adult / Legacy / Economy 1-2 vezes
Gestantes Classic Puppy / Legacy 2-3 vezes

E para terminar, uma dica importante: higienize sempre muito bem o comedouro e o bebedouro, para evitar a proliferação de bactérias e fungos que podem por em perigo a saúde do seu animal de estimação.

Beautiful white Rabbits.To see more:

Os coelhos e as quintas

A criação de coelhos é conhecida como cunicultura. O. crescente aumento do interesse na sua carne e a constante evolução tecnológica e científica têm estimulado o apetite para a criação de coelhos em vários países do mundo. Contudo, no nosso país, a produção de carne de coelho está ainda abaixo da procura e grande parte da carne consumida é importada. Consequentemente, a cunicultura representa uma boa oportunidade de negócio para quem queira empreender nesta área.

Free Range Foraging Chickens at Organic Farm. Horizontal composition. No People.

Quintas, aves e stress calórico

A avaliar pelos vários emails que temos vindo a receber de alguns leitores assíduos desta página, associado ao que tem sido veiculado na imprensa local, muitos criadores têm, nas últimas semanas, perdido as suas aves devido a elevadas temperaturas que tem assolado o País.

Nesta edição, oferecemos algumas dicas que ajudam a evitar ou minimizar as perdas resultantes das elevadas temperaturas na criação de aves na sua quinta.